quinta-feira, 9 de abril de 2009

À minha sogra...

Estando mais uma vez diante de uma perda, me peguei a divagar sobre o significado da morte. Não o significado religioso ou místico, mas o meu sentimento em particular.
Vi a paz de alguém que "optou" por partir sem dor, e isso me confortou. Mas o egoísmo inerente a todos nós, seres humanos, parece ser maior do que qualquer sentimento de resignação. Nós queremos ver todos os "nossos" vivendo eternamente. E nem ao menos perguntamos a eles, se esse é também o seu desejo.
O desprendimento necessário para aceitar tais situações não faz parte do nosso rol de sentimentos e emoções. Somos possessivos ao extremo. E como a morte é inevitável, sofremos por esse sentimento de posse. Por que será que nossa inteligência e poder de racionalização não nos protege dessa dor?
A resposta é simples, e vem de uma outra questão: Qual de nós consegue racionalmente suplantar os caprichos do coração? Difícil, não é?
Enfim, o que nos cabe é aceitar essa condição tão particular e essencial aos seres dotados de vida. Se não conseguimos colocar a razão acima da emoção, nos resta aprender a lidar com a dor oriunda do coração e da alma. Sabendo que o tempo sempre há de aquietar o que há de negativo em nosso caminhar. O saldo sempre será positivo na conta dos que vivem, chorando e sorrindo, não necessariamente nessa ordem.
Será sempre essa eterna luta entre a prepotência da razão e a impotência emocional. Sendo que já conhecemos o vencedor...
D. Regina, vá tranquila, e faça da sua paz, a nossa paz!
Com carinho, da sua nora...

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