sexta-feira, 20 de março de 2009

Morango com Chocolate...

Vi essa foto agora na net, e me deu uma vontade súbita de comer................
Vou repartir com vocês........................

quarta-feira, 18 de março de 2009

Crepúsculo

Michael, o monstro...
Por estes dias, ao abrir um site de notícias, me deparei com esta "ilustração" de Michael Jackson, e fiz uma longa viagem no tempo. Como costumo fazer na minhas sessões com meu amigo-psi, Sig Freud, me permiti de cara uma livre associação: festinha americana, no velho apê de Botafogo, onde meninos levavam o refri, e meninas levavam um salgado, que invariavelmente era o já extinto biscoito Skiny. Eu explico...
O ano era 1982. Talvez 83...Na época, eu morava em Botafogo, em um "condomínio" de 3 prédios imensos, onde fiz diversas amizades, que durante muito tempo supriram boa parte do meu tempo, do meu lazer. Início de adolescência, hormônios a flor da pele em plena ebulição, meninos e meninas oscilavam entre partidas de futebol, enduros de Bicicross (Com a Caloi Cross, recém lançada - aquela que tinha uma versão em vermelho e outra em azul), brincadeiras de elástico e corda, pique bandeira e pasmem: uma imensa vontade de viver uma paixão de novela, ainda que fosse inventada e supervalorizada. Para alguns, já rolavam os (longos e babados...rsrs) beijos na boca durante uma dança, em tais festinha americanas, que aconteciam todos os finais de semana. Uma vez na casa de um, outra vez na casa de outro, e assim por diante. A música lenta imperava...afinal, era durante uma dança cheek to cheek que estava implícita a possibilidade de rolar um beijo. O som variava de Skyline Pigeon, do Elton John, passando por Lady Lady Lady, tema de amor de Flashdance (também uma febre da época), e chegando ao delírio com Hopelessly Devoted, tema de Grease, interpretada pela melódica e simpática Olivia Newton John. Era um longo momento de beijos intermináveis para alguns, e um doloroso e extremoso momento de dor de cotovelo para outros. Tudo era curtição...o amor correspondido, ou não!
E aonde entra nosso querido Michael? Pois bem...na hora do rango (Skiny e Baconzitos), era permitido tocar uma música "rápida". Os músculos mastigatórios descansariam dos beijos e passariam a trabalhar a fim de nos auxiliar na digestão inicial dos nossos biscoitinhos repletos de corante amarelo. Paralelo a isso, os meninos, aqueles que ainda não haviam despertado para o romance, ouviam e interpretavam as canções de Michael Jackson. O álbum Thriller era o primeiro lugar disparado nas paradas de sucesso. Cada música era um delírio coletivo. Eram guitarras imaginárias tocadas durante o maravilhoso solo de Beat It e imitações do break dance de Michael na balada Billie Jean, com direito a chapeuzinho e àqueles gritinhos "gasguitos" que davam vida à música. Mas o clímax acontecia mesmo quando surgiam os primeiros sinais de terror na introdução de Thriller. Virávamos um exército de monstros, seguindo os passos de Michael, tal qual o clip, que havia sido exibido em primeira mão no "Fantástico - O Show da Vida" (era esse o nome, na época!). Era uma cena cômica e memorável, gravada com certeza na memória de quem viveu intensamente aquela época!
Tais lembranças surgiram como uma apresentação em Power-Point, durando uma fração de segundos. Revivi uma época da minha vida onde minha única preocupação era saber na casa de quem seria a festa no final de semana. E como uma coisa sempre traz outra (não é Sig???), me lembrei dos discos de vinil, das fitas cassete e do toca discos portátil, que embalavam nossas inocentes festinhas. Por fim, me veio à mente a figura atual de Michael: um ser deteriorado de corpo e alma. Condenado pelos fãs por suas atitudes questionáveis, do ponto de vista moral e ético, deformado por inúmeras cirurgias plásticas, e o pior........descaracterizado pela nova cor da pele adquirida com tratamentos dermatológicos (???) ao longo dos anos. Imagem deplorável! Produção musical escassa e sem apelo comercial. Triste fim de Michael Jackson. Isolado na "Terra do Nunca", sem direito a amizade de Peter Pan e Sininho...Um ser humano bizarro, por opção!
Confesso que esse revival me trouxe muita alegria e um certo sentimento saudosista que julgo ser eventualmente necessário a qualquer um de nós, mortais. São momentos como esse que nos fazem andar pra frente, na esperança de que uma outra época nos traga a mesma alegria daquela vivida há uns 25 anos. (Putz! Tudo isso???)
Mas algumas questões ficam em aberto. O que haveria acontecido com o superstar mais idolatrado dos anos 80? Onde estaria aquele Michael carismático, que dançava como ninguém ousara dançar antes? Onde estariam as músicas tais quais aquelas que lideraram as paradas por anos e anos a fio? Onde estaria o Michael, ícone da raça negra? O ébano de "Ebony and Ivory", parceria com Paul McCartney, símbolo do anti-racismo? Creio que não há uma resposta plausível...
Talvez tenha lhe faltado umas visitas ao Psiquiatra...talvez umas sessões com Sig...talvez um velho e bom Haldol com Fenergan........................Enquanto isso, vamos vivendo das doces lembranças daquela década de ouro, a década de 80. Lembrando sempre que "the kid is not my son", ou "his son", se preferirem....................................sob eterno protesto de Billie Jean..................

domingo, 15 de março de 2009

Eu penso...

"Mesmo que tudo o que penso seja falso, resta a certeza de que eu penso".
(René Descartes)