sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Tricotilomania

Aprendendo com Sig...

Em recente sessão psi com meu amigo Sig Freud, aprendi aspectos de mais um transtorno muito interessante e, é claro, dividirei meus conhecimentos com vocês, nobres colegas de auditório e de terapia de grupo.

TRICOTILOMANIA: A característica essencial da tricotilomania (esse nome tão estranho e complicado) é o desejo ou impulso incontrolável de arrancar fios ou tufos de cabelo. Muitas vezes, esse comportamento pode se tornar tão automatizado que a pessoa age inadvertidamente, sem se aperceber dele. Pode se tornar tão grave a ponto de a pessoa ficar com extensas falhas no couro cabeludo, sobrancelhas ou cílios. Arrancar fios de cabelo de outros locais, como barba e pêlos pubianos, são ocorrências bastante incomuns.
Quem sofre de tricotilomania tem completa consciência da estranheza do próprio comportamento, mas, após arrancar os fios, muitas pessoas com esse transtorno ainda se engajam em comportamentos como alisar os fios, enrolando-os entre os dedos, passando por entre os lábios e brincando com eles de maneira geral. Mais raramente, algumas chegam a comer as raízes dos fios ou mesmo a engoli-los, o que pode até levar à necessidade de cirurgia para a retirada dos bolos de fios que se formam.
Não se sabe ao certo o que causa a tricotilomania, mas certamente o fator biológico e hereditário é predominante, em razão de sua grande ocorrência em famílias em que um dos membros já teve TOC (transtorno obsessivo-compulsivo), ou algum transtorno do espectro TOC.
Em geral a tricotilomania começa na infância ou na adolescência. O ato de puxar os fios costuma ser precedido de duas situações curiosamente opostas entre si: ou uma situação de aumento de estresse, que cause ansiedade e nervosismo, ou situações tranqüilas, de contemplação, em que a pessoa não tenha nada de imediato para fazer e fique pensando.
Esse problema ganha contornos dramáticos porque causa danos à auto-estima das pessoas e muitas vezes também à sua estética.
O tratamento, prolongado e difícil, envolve a necessidade de ganhar maior controle sobre os próprios impulsos por meio de medicamentos e psicoterapia de abordagem cognitivo-comportamental (TCC).
Fonte: www.medicinadocomportamento.com.br - Dra.Ana Beatriz B. Silva (Psiquiatra)
Valeu a dica, velho Sig...........Meu HD tá bombando!

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