domingo, 23 de novembro de 2008

Síndrome do Desânimo no Trabalho

"BURNOUT" - Nem os Super-Heróis escapam!

Não se trata de apenas um dia, ou dias ruins no trabalho. Quando a fadiga e a insatisfação pessoal tornam-se crônicos, e as tarefas anteriormente simples, tornam-se um fardo, é possível que você esteja sendo acometido pela Síndrome do Esgotamento no Trabalho, ou Burnout.

A síndrome tem como sintomas a exaustão física e mental, a falta de perspectivas e a ineficiência no trabalho. A pessoa não falta, porque não quer perder o emprego, mas fica mentalmente ausente. É o que os especialistas chamam de "presenteísmo", fenômeno que causa mais prejuízos para a empresa do que o absenteísmo.

Pessoas que trabalham com a proteção de pessoas ou bens, como policiais, bombeiros e seguranças particulares, são as principais vítimas de esgotamento profissional. Em segundo lugar, aparecem os motoristas de ônibus urbanos, pelo caráter repetitivo do trabalho, a pressão do tempo e o trânsito. Em terceiro, bancários e controladores de vôo, seguidos por executivos, profissionais de saúde e funcionários de call centers, nessa ordem. Por último, há uma categoria ampla: gente que é obrigada a trabalhar fora de sua área de atuação.

O estresse e o "burnout" não escolhem sexo, embora as mulheres sejam mais propensas a procurar ajuda antes dos homens. As fontes de esgotamento físico e mental no trabalho são as mesmas para eles e elas, apenas ocupam posições diferentes.

Entre os homens, a incerteza em relação ao futuro é o aspecto mais difícil de se lidar. Já para as mulheres, é a sobrecarga de trabalho a principal causa de estresse, já que, muitas vezes, elas acumulam ainda as tarefas de mãe e donas-de-casa. A dificuldade em lidar com outras pessoas já tem um impacto menor para as mulheres, enquanto que, para os homens, é o segundo principal fator de desgaste. A falta de controle sobre a carga de trabalho é o único item que tem o mesmo peso para ambos os sexos.

O "burnout" pode se manifestar de formas variadas, mas alguns dos sintomas abaixo, em conjunto, podem ser indício da síndrome:

- desinteresse e apatia crônicos;

- sintomas gerais de estresse, como fadiga física e mental, dores de cabeça, problemas gástricos e mal-estar; - perda do rendimento no trabalho; - irritabilidade; - falta de concentração; - baixa auto-estima; - despersonalização; - falta de perspectivas em relação ao futuro; - sensação de que a gratificação no trabalho não condiz com os esforços realizados; - abuso de álcool, drogas, tabaco ou cafeína; - cinismo e impaciência com os outros.

Para vencer o "burnout", a saída é buscar ajuda de um terapeuta e encontrar novas estratégias para lidar com o excesso de demandas, já que nem sempre é possível trocar de emprego.

Deve haver uma participação das Empresas, no sentido a estimular a profilaxia. A prevenção do estresse e do burnout envolve uma mudança profunda nos ambientes de trabalho, com iniciativas que vão muito além dos programas antiestresse.

Cuide-se!!!

Fonte: ISMA-Br (International Stress Management Association) - Dra Ana Maria Rossi (psicóloga e presidente da ISMA no Brasil)

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